domingo, 2 de outubro de 2011

Dor!

A água caía em seu rosto, ele caminhava sem parar aos prantos, cada lágrima que caía misturava-se com a chuva, seus pensamentos eram insanos, sentia medo, desgosto, estava alucinado pela escuridão, caminhava sem rumo, correndo, fugindo dos problemas, da vida, seus passos pareciam pesados, sua mente parecia gritar, seu coração ecoava de dor, não sentia mais calor, estava frio como um gelo, seus pensamentos flutuavam em lagos escuros, seus olhos se enchiam de lágrimas a todo segundo, já não aguentava mais caminhar, nem pensar, começou a gritar, a soluçar, entrou em desespero profundo, seus gritos pareciam acordar a rua, mas ele já nem pensava mais em ninguém, nem nele mesmo, aquelas horas tinham sido tortuosas, perderá a mulher que mais amou durante sua vida inteira, como poderia viver sem ela, sua morte foi brutal e trágica, ele queria estar em seu lugar mas não podia, ficou paranoico, não sabia para onde ir, seguiu sua rotina, mas com dor no olhar, passou anos da sua vida sem sonhos, vivendo sem vontade a espera que ela entrasse pela porta sorrindo, foi tachado de louco, de infeliz, de solitário, até que em uma manhã como qualquer outra ele abriu a torneira e molhou o rosto, aquela água tão fria pareceu lavar-lhe a alma, olhou no espelho e sentiu algo diferente que a muito tempo não sentia, algo pareceu mudar dentro do seu coração, a vontade de viver reacendeu, os raios do sol pareceram mais brilhantes naquela manhã, sua vida tomou um novo rumo, ao qual deixou a alegria entrar.

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